Servidores exigem reposição salarial e melhores condições de trabalho

Entidades das diversas categorias do funcionalismo público estadual (entre elas a Adupe) realizaram, na manhã de ontem (14/12), um ato público para cobrar do governo o fim do congelamento salarial. Uma comissão de representantes foi recebida pelo Secretário Executivo da Casa Civil, Eduardo Figueiredo.

Reposição das perdas salariais, retomada das negociações das mesas especificas, melhorias estruturais na rede do serviço público, realização de concursos públicos para ocupação das vagas em aberto. Essas foram algumas das exigências que constam no documento endereçado ao governador Paulo Câmara, entregue ontem pelo Fórum dos Servidores Estaduais ao Secretario Executivo da Casa Civil de Pernambuco, Eduardo Figueiredo.

A reunião com Eduardo Figueiredo aconteceu no Palácio do Campo das Princesas, no momento em que os servidores realizavam um manifesto nas proximidades do palácio para denunciar os sete anos de congelamento salarial e o sucateamento do serviço público. Participaram da reunião com o Secretário Executivo da Casa Civil representantes de cinco entidades: Paulo Rocha (CUT/Fórum dos Servidores), Luiz Oscar Cardoso Ferreira (Adupe), Ivete Caetano (Sintepe), Messias Melo (Sindpd) e Renilson Oliveira (Sindserpe).

Durante o encontro os dirigentes sindicais enfatizaram a difícil situação dos servidores em decorrência do congelamento salarial dos últimos sete anos, o que já representa uma perda de quase metade dos salários. “Esperamos que o reajuste a ser apresentado no dia 20 de dezembro dê conta de reduzir substancialmente o arrocho desses últimos sete anos”, diz trecho do documento direcionado ao governador.

No ofício, além da recuperação das perdas salariais, as entidades apontam ainda como medidas imprescindíveis para minimizar a situação dos servidores e evitar o colapso no serviço público:

1 – Que nenhum servidor do Estado de Pernambuco tenha vencimento inferior ao valor do Salário Mínimo;

2 – A realização de concurso público para, pelo menos repor as perdas devido às aposentadorias e outras formas de redução do quadro funcional;

3 – A criação imediata de grupos de trabalho para a reestruturação dos Planos de Cargos, Carreira e Vencimentos para as diversas categorias profissionais;

4 – Implantação do reajuste salarial com retroatividade ao dia 1º de janeiro de 2022;

5 – A continuidade das negociações via Mesas Especificas de Negociação nos meses de janeiro e fevereiro do ano que vem. 

Ao final do encontro, Eduardo Figueiredo mostrou-se sensibilizado e disse compreender a necessidade das Mesas Especificas de Negociação Permanente.

A Adupe, que integra a luta conjunta do funcionalismo público, via Fórum dos Servidores, não abre mão da negociação das demandas específicas dos docentes da UPE. Entre essas demandas que vêm sendo discutidas com a Secretaria de Administração estão a reposição das perdas salariais, a redefinição dos critérios de promoção para Professor Associado, a criação da função de Professor de Titular de Carreira, a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) e a correção da distorção salarial do cargo de Professor Titular.

Na próxima reunião da Mesa Específica de Negociação Permanente a Adupe vai reivindicar também a criação da Gratificação para Coordenação e Vice-coordenação de Curso e a criação da função de Professor Substituto.

MANIFESTO – Mesmo sem o volume esperado, em razão da pandemia que persiste, o ato realizado na manhã de ontem foi expressivo e é mais uma passo no processo de fortalecimento da luta por salário digno e condições de trabalho. A Adupe marcou presença no movimento, com representantes da Diretoria, do Conselho de Representantes e do Conselho Fiscal.

No próximo dia 20 está programada a Reunião da Mesa Geral de Negociação, ocasião em que o governo deverá apresentar uma proposta de reposição das perdas salariais. A Direção da Adupe orienta a categoria a se manter atenta e mobilizada.

Veja aqui mais imagens do ato público realizado ontem

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Author: comunicacao

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